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Mostrando postagens de agosto, 2013

Roberto Bolaño - Putas assassinas

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Roberto Bolaño - Putas asesinas - Editorial Anagrama - 232 páginas - Lançamento original 2001. Publicado no Brasil pela editora Companhia das Letras em 19/03/2008 como Putas assassinas , tradução de Eduardo Brandão. Naturalmente que este título provocador pode induzir a ideia de uma obra erótica ou francamente pornográfica, nada mais falso já que não há como deixar de pensar no chavão obra-prima ao ler alguns dos contos desta coletânea que mostra uma técnica mais do que segura de Roberto Bolaño (1950 - 2003) na condução das narrativas curtas (bem diferente do estilo de 2666 e Os Detetives Selvagens ). Uma técnica que emociona porque utiliza temas contemporâneos, mas também remete aos grandes mestres do gênero como Borges, Cortázar e Poe, justamente quando já imaginávamos a literatura uma arte agonizante neste início do século XXI. Afinal, por que gostamos tanto dos livros de Bolaño? Influência de uma estratégia de marketing ou, pelo contrário, por ser um escritor visceral, verdad

Roberto Bolaño - O Terceiro Reich

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Roberto Bolaño - O Terceiro Reich - Editora Companhia das Letras - 344 páginas - Lançamento 19/01/2011 - Tradução de Eduardo Brandão (ler aqui um trecho no site da editora). Escrito originalmente em 1989 e lançado postumamente em 2010 pela editora espanhola Anagrama em Barcelona, como a maioria dos livros do hoje aclamado escritor chileno Roberto Bolaño (1953-2003), é mais uma incursão no estilo aberto e, de certa forma, mal acabado, que é uma das características dos seus textos mais longos, como 2666 . Esta irregularidade de estilo, forjada ou não, combina com os temas preferidos de Bolaño, como a violência gratuita nas grandes cidades, o efeito melancólico do exílio em seus personagens e a falta de sentido da guerra. A narração é feita em primeira pessoa, utilizando-se o recurso de um diário escrito pelo protagonista Udo Berger , jovem alemão que decide passar alguns dias de férias com a namorada, Ingeborg, em um hotel no litoral da Espanha. Udo é viciado em jogos de est

Orhan Pamuk - Istambul

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Orhan Pamuk - Istambul - Editora Companhia das Letras - 400 páginas - Lançamento 24/04/2007 - Tradução da versão inglesa de Sergio Flaksman. Istambul sempre representou um mistério para o ocidente, localizada entre Europa e Ásia, antiga Bizâncio e Constantinopla, é uma cidade que durante séculos assimilou diferentes culturas, tendo sido dominada pelos impérios Romano, Bizantino e Otomano até ser incorporada à República da Turquia em 1923 devido às reformas políticas implementadas pelo estadista Mustafa Kemal Atatürk. Este livro é uma autobiografia nada convencional, confundindo as memórias de vida de Orhan Pamuk, prêmio Nobel de Literatura de 2006, com a história e os costumes da sua cidade natal à partir de um ponto de vista sentimental, mas ao mesmo tempo questionador e crítico. Pamuk identifica e define o sentimento de melancolia coletiva dos habitantes de Istambul pela palavra hüzün, um estado característico de tristeza e angústia, originado em parte pela perda das tra