Paul Auster - Sunset Park

Literatura contemporânea norte-americana
Paul Auster - Sunset Park - Editora Companhia das Letras - 280 páginas - Lançamento 27/04/2012 - Tradução de Rubens Figueiredo (ler aqui um trecho no site da editora).

Sunset Park, o 16º e mais recente romance de Paul Auster, lançado originalmente em 2010, tem como pano de fundo a recessão imobiliária americana de 2008 e as desventuras de quatro personagens enfrentando suas respectivas crises pessoais, verdadeiros "losers" em uma das sociedades mais competitivas do mundo, que decidem ocupar ilegalmente uma casa abandonada em Sunset Park, um bairro pobre de imigrantes no Brooklyn. Apesar do grupo de invasores ter uma origem social e intelectual acima da média, todos acabam compartilhando a mesma situação financeira precária por diferentes motivos.

Miles Heller, protagonista que centraliza toda a trama do romance, é um jovem de 28 anos que abandonou um futuro promissor e a própria família após a morte trágica do seu meio-irmão sete anos antes. Ele precisa fugir da Florida para evitar problemas com a polícia local quando é denunciado pela irmã de sua namorada Pilar que é menor de idade. Miles aceita o convite de um antigo amigo, Bing Nathan, para viajar para Nova York, onde morava no passado, enquanto aguarda a maioridade de Pilar e a chance de retornar para a Florida.

BIng Nathan é músico em uma banda alternativa, mentor intelectual do projeto de ocupação e líder do grupo, formado por ele próprio e mais duas amigas, a estudante Alice Bergstrom que tem problemas no seu relacionamento afetivo atual e Ellen Brice, artista plástica frustrada e ironicamente funcionária de uma empresa imobiliária. Enfim, o quarteto enfrenta problemas de todo tipo no decorrer da história que é narrada sempre em terceira pessoa, mas alternando os capítulos do ponto de vista de cada personagem.

Os pais de Miles Heller também participam das vozes narrativas. O pai, Morris Heller, é dono de uma editora de livros não comerciais que atravessa um péssimo momento devido à crise econômica, além de problemas existenciais com a chegada da terceira idade e a sofrida separação da esposa atual. A mãe, Mary-Lee, é uma famosa atriz que nunca conseguiu dar a atenção necessária na criação de Miles, abandonando o pai e filho muito cedo para cuidar da carreira artística. A volta de Miles para Nova York oferece a oportunidade de reconciliação da família e a chance de todos exorcizarem os velhos fantasmas do passado.

Paul Auster carrega no tom pessimista e na falta de esperança do homem moderno que precisa sobreviver em busca de uma felicidade cada vez mais impossível.

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